" Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza"
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza"
Ao som dessa música linda, chegava a minha segundinha...
Tive uma gravidez relativamente tranquila, o que não estava tranquilo dentro de mim eram as condições escolhidas até então para o parto. Mas eu acho que a gravidez, o parto, é um momento muito importante para ficarmos no mais ou menos, principalmente quando se é a última gravidez, como provavelmente será a minha. Assim temos o direito de querer e escolher que tudo saia como nos nossos sonhos. Então até o último momento foi um período de mudanças. Mudei de GO 2 vezes, uma com 12 e outra com 36 semanas, mudei de cidade do parto...
O meu primeiro parto tinha sido lindo, tinha sido um parto normal humanizado hospitalar, de cócoras! No entanto, teve uns poréns que eu queria lutar para não ter nesse parto, mas o lado lindo de meu primeiro parto era o que me inspirava a buscar um parto tão lindo para a Luíza assim como o Henrique teve, ou, se possível, até mais lindo... Digo até mais lindo, porque eu já sabia o que me esperava, já sabia as dores como seriam, então me sentia mais preparada para saber lidar com aquele momento.

Foto de momentos antes da Luíza nascer, após a minha bolsa ter rompido
Foto de momentos antes da Luíza nascer, após a minha bolsa ter rompido
Estava arrumando a mesa para comemorarmos o aniversário do meu pai, no dia 12 de outubro de 2013 (dia das crianças) quando, ao entrar na cozinha, por volta das 19:30, senti uma água quente escorrer nas minhas pernas. Pensei :"A bolsa estourou!". Ainda tive dúvidas devida a quantidade, pois saiu pouquinho e porque esse líquido não provocou o início das contrações. Tudo ficou igual estava antes... Exceto uma coloração rosada na calcinha... Mandei uma mensagem ao Dr. Pedro Guilherme Meinberg que falou para observar, e que, se saísse mais líquido ou se as contrações iniciassem, voltasse a avisá-lo.
O Dr. Pedro Guilherme apareceu na minha vida como uma dica de uma amiga no Facebook. Resolvi marcar uma consulta para conhecê-lo. Foi tiro e queda! Ele era uma simpatia de pessoa, muito atencioso, carinhoso... ele tem o dom de fazer que a gente sinta que o conhece há anos... E me passou total segurança de que me faria um parto humanizado lindo! Saí de lá tranquila e segura para fazer uma mudança radical no meu plano de parto as 34 semanas da vida da Luíza em minha barriga! As 36 semanas voltei nele para avisá-lo que a partir de agora era a ele quem eu confiaria o parto da minha filha! Ao todo foram 4 consultas, a primeira, que eu o conheci, a segunda, que foi a primeira oficial do acompanhamento gestacional e mais duas, a de 37 e de 38 semanas.
Em uma quarta-feira anterior a data do parto, apesar de estar com 38 semanas, ou seja, ainda teoricamente 2 semanas antes da DPP (Data Provável do Parto), eu acordei com a certeza que o meu parto seria naquele domingo, no Hospital Santa Elisa e daria tudo certo. E não é que nasceu naquele domingo mesmo? Coincidência ou não, por causa dessa sensação que tive, eu tomei a decisão de onde seria o meu parto, porque até então eu estava em uma dúvida cruel entre o Hospital Santa Elisa e o Hospital Universitário.
Até aquele final de semana eu estava tendo contrações há mais de uma semana, e elas eram eficientes, pois enrijeciam toda a barriga, e eram mais ou menos rítmicas, ou seja, davam mais ou menos de 40 em 40 minutos... as vezes de 30 em 30... E assim continuou mesmo após o rompimento da bolsa que eu tive naquele 12 de outubro... Deitei pretendendo dormir, até as contrações aumentarem para eu ir ao hospital. Durante a madrugada eu fui ao banheiro e perdi mais líquido, acordei com as contrações ficando doloridas, mas bem tranquilas ainda... eu estava começando a ficar apreensiva: quando viriam aquelas dores estonteantes que tive no meu primeiro trabalho de parto?? Eu já estava preparada para elas! Queria que elas chegassem logo, para enfim a Luíza poder nascer! Para tentar acelerar o trabalho de parto, já de manhã, fiquei sentada na bola de pilates, rotacionando o tronco, indo para frente e para trás, ficando de cócoras no chão... Percebi que estava aumentando a frequencia das contrações, então liguei para o Dr. Pedro Guilherme ficar esperto que realmente seria hoje (eu só liguei para dar conhecimento, mas eu realmente achava que o meu trabalho de parto ainda ia longe!). Mas ainda bem que eu liguei, porque eu estava errada e dalí até o parto não dariam nem 4 horas ( e ele estava longe de Jundiaí, como me confidenciou mais tarde)!
Por volta das 09:00 horas fui ao banheiro e nesse momento saiu o tampão e com ele vazou mais líquido! Esse foi um marco, porque a partir daí as contrações que estavam, em média, de 12 em 12 minutos, caíram para de 5 em 5 minutos e a dor aumentou.
Por volta das 09:00 horas fui ao banheiro e nesse momento saiu o tampão e com ele vazou mais líquido! Esse foi um marco, porque a partir daí as contrações que estavam, em média, de 12 em 12 minutos, caíram para de 5 em 5 minutos e a dor aumentou.
Resolvi entrar no banho para relaxar, e qual não foi minha felicidade em ver que as contrações aumentavam e ficavam cada vez mais próximas uma das outras? Fiquei uns 20 minutos no banho apenas, mas ao sair do banho as contrações estavam em média de 2 em 2 minutos, diminuindo o tempo entre elas, cada vez mais. Ao mesmo tempo que eu sofria com a dor, eu estava muito feliz, radiante, porque a Luíza estava chegando.
Fomos correndo para o hospital: eu, minha mãe, meu marido e o Henriquinho, meu filho de 2 anos.
Eu já tinha combinado com minha irmã que ela assistiria o parto da Luíza, ela que já era a madrinha do Henrique (de quem também assistiu o parto) e que também viria a ser da Luíza, tamanho o nosso vínculo, mas justo naquele final de Semana ela teve um Seminário Médico e precisou ir para o Rio Grande do Sul... Ela estava voltando para Campinas naquele momento, embarcando no Rio Grande do Sul mas eu já estava psicologicamente preparada que, por mais que eu e ela quiséssemos muito, não daria tempo dela assistir esse parto, provavelmente só um milagre faria com que ela chegasse para o meu parto em Jundiaí!
Chegamos no Santa Elisa por volta das 10 horas. Fui examinada pela plantonista e fiquei bem decepcionada pois estava somente com 4 centímetros de dilatação. Esperava estar com mais, pois a dor já estava intensa e as contrações bem próximas uma das outras. Quando liberaram tentei ir caminhando para o quarto, afinal cada momento era momento de fazer a Luíza nascer, mas não dei conta, parava o tempo todo por conta das contrações, então me colocaram em uma cadeira de rodas e correram comigo para o quarto. Cheguei lá rapidinho e fui direto para o chuveiro! Que alívio!! Aí eu comecei a curtir as dores! Estavam intensas, mas era a Luíza chegando! Uma sensação única de dor e felicidade! A enfermeira obstétrica Adriane chegou quase na mesma hora do que eu no quarto e ficou lá me dando o apoio, me contou estórias da sua vida, que ela também faz partos, inclusive, em casa, que teve dois filhos de parto normal, um com analgesia e outro sem analgesia, e que a dor pior é a dor da dilatação mesmo, que a dor do período expulsivo é mais suportável do que a dor da dilatação, que não valia a pena fazer analgesia no final não, que conseguindo ficar sem analgesia era melhor mesmo... enfim, me deu uma força para eu conseguir suportar a dor daquele momento! Eu sentia a dor, e ao mesmo tempo eu curtia a dor. Sofria, mas em todo momento feliz. Acho que essa foi a diferença desse trabalho de parto ao outro, pois no outro eu briguei com a dor, me assustei, nesse eu a aceitei como parte do processo que me traria a Luíza. Nesse momento as contrações estavam de 1 em 1 minuto, ou quase que direto.
Depois de uns 30 minutos, eu saí do banho. Nesse momento eu tive a impressão de estar sentindo uma pequena vontade de fazer força e lembrei de alguma coisa que a Adriana me falou sobre esse momento, então pedi para a chamarem para ela fazer o toque e auscultar o bebê. Ela chegou eu deitei na cama e ela iniciou o exame do toque. Qual não foi minha surpresa (boa) ao ouvir a exclamação dela, menos de 1 hora depois do outro exame feito ao chegar no hospital: "Marcela, a dilatação parece já estar total! Deixa eu confirmar!" "É, total mesmo! Impressionante, não faz nem uma hora que você estava com 4 cm de dilatação! Deixa eu ligar para o Dr. Pedro!". A Adriane falou que ele já estava chegando no hospital e já chamou o pessoal para me levar a sala de parto. Passei para a maca e fui sentada mesmo, porque não aguentei de dor ao tentar me deitar.
Fomos correndo para o hospital: eu, minha mãe, meu marido e o Henriquinho, meu filho de 2 anos.
Eu já tinha combinado com minha irmã que ela assistiria o parto da Luíza, ela que já era a madrinha do Henrique (de quem também assistiu o parto) e que também viria a ser da Luíza, tamanho o nosso vínculo, mas justo naquele final de Semana ela teve um Seminário Médico e precisou ir para o Rio Grande do Sul... Ela estava voltando para Campinas naquele momento, embarcando no Rio Grande do Sul mas eu já estava psicologicamente preparada que, por mais que eu e ela quiséssemos muito, não daria tempo dela assistir esse parto, provavelmente só um milagre faria com que ela chegasse para o meu parto em Jundiaí!
Chegamos no Santa Elisa por volta das 10 horas. Fui examinada pela plantonista e fiquei bem decepcionada pois estava somente com 4 centímetros de dilatação. Esperava estar com mais, pois a dor já estava intensa e as contrações bem próximas uma das outras. Quando liberaram tentei ir caminhando para o quarto, afinal cada momento era momento de fazer a Luíza nascer, mas não dei conta, parava o tempo todo por conta das contrações, então me colocaram em uma cadeira de rodas e correram comigo para o quarto. Cheguei lá rapidinho e fui direto para o chuveiro! Que alívio!! Aí eu comecei a curtir as dores! Estavam intensas, mas era a Luíza chegando! Uma sensação única de dor e felicidade! A enfermeira obstétrica Adriane chegou quase na mesma hora do que eu no quarto e ficou lá me dando o apoio, me contou estórias da sua vida, que ela também faz partos, inclusive, em casa, que teve dois filhos de parto normal, um com analgesia e outro sem analgesia, e que a dor pior é a dor da dilatação mesmo, que a dor do período expulsivo é mais suportável do que a dor da dilatação, que não valia a pena fazer analgesia no final não, que conseguindo ficar sem analgesia era melhor mesmo... enfim, me deu uma força para eu conseguir suportar a dor daquele momento! Eu sentia a dor, e ao mesmo tempo eu curtia a dor. Sofria, mas em todo momento feliz. Acho que essa foi a diferença desse trabalho de parto ao outro, pois no outro eu briguei com a dor, me assustei, nesse eu a aceitei como parte do processo que me traria a Luíza. Nesse momento as contrações estavam de 1 em 1 minuto, ou quase que direto.
Depois de uns 30 minutos, eu saí do banho. Nesse momento eu tive a impressão de estar sentindo uma pequena vontade de fazer força e lembrei de alguma coisa que a Adriana me falou sobre esse momento, então pedi para a chamarem para ela fazer o toque e auscultar o bebê. Ela chegou eu deitei na cama e ela iniciou o exame do toque. Qual não foi minha surpresa (boa) ao ouvir a exclamação dela, menos de 1 hora depois do outro exame feito ao chegar no hospital: "Marcela, a dilatação parece já estar total! Deixa eu confirmar!" "É, total mesmo! Impressionante, não faz nem uma hora que você estava com 4 cm de dilatação! Deixa eu ligar para o Dr. Pedro!". A Adriane falou que ele já estava chegando no hospital e já chamou o pessoal para me levar a sala de parto. Passei para a maca e fui sentada mesmo, porque não aguentei de dor ao tentar me deitar.
Até a porta da sala de parto fomos eu, Juca (meu marido), minha mãe e o Ique (meu filho), aliás, o meu filho tinha visto todo o meu trabalho de parto até então. Chegando lá eu preferi que só o Juca entrasse, afinal, involuntariamente eu iria uivar de dor, e talvez o Ique não entendesse, mas essa ida lá com eles foi importante para mim. Henriquinho ficou aguardando o parto com minha mãe e a vodoca. Chegando no andar lá estava o Dr. Pedro Guilherme. Após o parto, ele me confidenciou (para juntar as emoções do parto) que ele estava naquele final de semana na praia com a família, se não me engano em Guarujá, e tão logo eu confirmei com ele que eu estava em trabalho de parto, naquele domingo, ele pegou a família e voltaram correndo para Jundiaí... Imagina fazendo aquelas curvas da estrada correndo! Por sorte minha e da Luizinha, chegou a tempo, e são e salvos, para fazer o parto...:-)
Eu e o Dr. Pedro. |
O meu período expulsivo não foi rápido. Se eu demorei 1 hora para dilatar de 4 a 10 cms, eu demorei mais de 1 hora e meia mais ou menos no período expulsivo. Mas foi inesquecível. O primeiro ponto alto desse período foi a hora que a Adriane achou no Youtube o vídeo do Tom Jobim tocando "Luíza", que era a música de minha filha, a grande responsável pela escolha do nome e a música chave que eu tinha selecionado para tocar no trabalho de parto e no parto em si, mas que na correria de sair de casa acabamos esquecendo o rádio que tocaria a mídia. Na hora que ela achou a música parece que o tempo parou, só tinha eu, a Luíza e o Tom Jobim tocando para a gente, me acalmando, me envolvendo naquela música estonteante... Até a dor parecia sumir... Eu cantava a música junto com o Tom Jobin e aquilo formava um momento mágico... Eu olhava o Juca, ele com aquele olhar emocionado e apreensivo de quem está prestes a ser pai novamente e que achava lindo tudo aquilo que estava vivendo.
O Dr. Pedro Guilherme me deixou muito a vontade para parir na posição que eu quisesse. E eu sempre preferir posições verticais, por isso, inclusive, na sala de parto fiquei em vários momentos em pé. Mas na hora de parir em si, fiquei mais em cima da maca, e não sei se foi por isso que mesmo na hora do puxo a força teve que ser forçada, mesmo eu estando sem anestesia. Na comparação com meu primeiro parto, esse foi um ponto que o primeiro parto foi melhor, ou seja, parir de cócoras é melhor, mais natural. Porém isso não tirou a mágica do momento. E sem contar que cada um é cada um, pode ser que o puxo para outra mulher funcione de um jeito diferente do que para mim. Cada corpo é único e se comporta cada um com suas singularidades.
Constatações à parte, eu acho que a Luíza demorou porque estava esperando a tia chegar de viagem! Foi inacreditável, mas, sim, foi exatamente isso que aconteceu! Lá estava eu na sala de parto, naquele momento dolorido e complicado, porém mágico, de repente a moça avisa que minha irmã tinha chegado, se ela poderia entrar: "Será ótimo!". Entra a tia, e futura dinda, emocionada, apoia os braços atrás de minha cabeça, enquanto o Juca emocionado filma o parto: esse foi um momento muito especial e inesquecível.
Momento em que o Dr. Pedro me entregou a Luíza e eu a peguei pela primeira vez. |
Mal ela nasceu começou a chorar aquele chorinho lindo de quem não sabe o que está acontecendo... Quando eu a vi pela primeira vez falei: "Amor, não precisa chorar, mamãe está aqui!" Então parece que fiz mágica: imediatamente ela parou de chorar... É mágico mesmo como o vínculo entre mãe e filha é único! Ela parou de chorar e ficou me olhando com
os olhinhos abertos, calmamente, tranquila, rostinho sobre o meu coração me olhando, bracinhos esticados para cima de mim.. linda! O Juca na hora do nascimento veio para o meu lado para ver a nova integrante da família, todo emocionado (chorando muuuito!). A tia Beta, toda boba, também ficou se derretendo em lágrimas! Enquanto isso o Dr. Pedro aguardava para clampear o cordão. Só cortou quando ele parou de pulsar.
Após eu namorar a minha princesinha linda, eu não sei se foi a Dra. Flávia, médica neonatal do meu parto, ou alguma auxiliar a seu pedido, mas veio uma moça toda respeitosa, e me explicou que agora ia pegar a Luíza somente um pouquinho para fazer os primeiros procedimentos neonatais, que já que trariam de novo para mim. Pegou a Luíza e levou para um bercinho que estava pertinho da minha maca. Mais uma vez vi como a ligação mãe e filha é inexplicável, pois a Luíza estava até então calma, tranquila, mas foi só a moça vir pegá-la que ela começou a chorar alto! Após o parto tomei conhecimento que mesmo com o meu pedido para não pingarem o credê (nitrato de prata) eles pingaram... uma pena que ainda se tenha essa cultura da necessidade do nitrato, mesmo dentro da área médica... Foi o único porém desse parto lindo... De qualquer maneira eles foram rápidos e foi feito com cuidado, de forma que a minha princesinha mal chorou! Após os cuidados neonatais a dra. Flávia pediu licença, abriu minha camisola e trouxe a Luíza para o meu seio, foi lindo! E é impressionante como o parto normal realmente é um importante aliado da amamentação, a enfermeira antes de trazê-la apertou o meu seio e já tinha leite! A Luíza, naquele momento, não mamou, até porque imagino era muita novidade para ela ao mesmo tempo, mas só ter a oportunidade de ter aquele contato com ela, foi lindo e muito importante para o vínculo mamãe-bebê!
Então fizeram um pacotinho dela com um cobertor e a colocaram na minha maca... Após alguns minutos, saímos juntas e fomos para o quarto, de forma que em nenhum momento eu me separei da minha lindinha!
Chegando no quarto, meu pai e vodoca (a bisavó da Lu) vieram correndo ao nosso encontro no corredor, exclamando como a Luíza era linda, e dentro do quarto aguardavam a minha mãe, com a filmadora na mão, minha irmã e meu marido, que já tinham retornado da sala de parto, este último com um serzinho lindo, porém um pouco apreensivo e com carinha assustada em seu colo: era o primeiro contato do Henrique com sua irmã, quem, com certeza, logo, logo seria companheiro de travessuras e amaria para sempre.
Conclusão: Às 12:29 do dia 13 de outubro a Luíza chegou ao mundo, com 3420 kg e 48 cms, de parto natural! O que eu mais gostei desse parto foi que eu senti que fui realmente a protagonista dele: EU TROUXE A MINHA FILHA NO MUNDO e tenho muito orgulho disso! Toda a participação em volta foi super valiosa, mas ficou a sensação de dever cumprido, que a força disso tudo estava o tempo todo dentro de mim, só precisei resgatar e trazer para fora!
A tudo que foi dito, eu quero fazer uns agradecimentos:
1º) Ao meu marido, que antes de mais nada, me ajudou a criar um serzinho tão perfeito e já tão amado como a Luíza, meu companheiro de jornada, a quem eu amarei para sempre!
2º) A minha mãe, que esteve sempre ao meu lado, me apoiando nas contrações, me dando força, cuidando do meu filho durante o parto, cuidando de mim no pós-parto, que ficou comigo até eu sair do hospital, e depois em casa, até sentir que eu estava bem e que podia voltar para passar uns dias com meu pai, antes de retornar de novo para cuidar de mim mais um pouquinho... mãezinha, obrigada por estar sempre presente!
3º) A minha irmã, que mais um parto esteve ao meu lado, e que fez de tudo e conseguiu chegar de uma viagem do Rio Grande do Sul até Jundiaí naquele dia 13 de outubro na sala de parto, a quem a Luíza fez questão de esperar para nascer perto!
5º) À pediatra neonatal Dra. Flávia Carolina Davini Georgetti e sua equipe, que recebeu minha filha no mundo, com o carinho que ela merecia.
6º) A Adriane, enfermeira obstétrica, que além de me auxiliar com seus conhecimentos de profissão, me ajudou a manter a calma e a tranquilidade necessárias para enfrentar aquele momento, além de ter tirado lindas fotos no parto e, além de tudo, de ter me proporcionado a possibilidade de parir ouvindo o Tom Jobim cantando "Luíza"... Não teve preço a calma e felicidade que aquela música me proporcionou naquele momento especial;
7º) As demais enfermeiras e auxiliares do meu parto, que muito ajudaram para que aquele momento fosse mágico! Todas nos trataram com muito respeito e carinho!
8º) A administração do Hospital Santa Elisa, que sim, conseguiram me proporcionar um parto lindo, do jeito que eu sonhei dias antes.
9º) À Renata Olah, que mesmo longe, esteve presente até o fim, pois embora não tenha dado certo de manter os planos de ter ela como doula ao meu lado, Deus sabe o que faz, e hoje eu vejo que meu parto foi tão rápido que dificilmente ela chegaria a tempo. Mas ela sempre me ajudou, me tranquilizando, dizendo que tudo daria certo, me dando dicas... foi muito importante a sua amizade para o parto da Luiza...
9º) À Renata Olah, que mesmo longe, esteve presente até o fim, pois embora não tenha dado certo de manter os planos de ter ela como doula ao meu lado, Deus sabe o que faz, e hoje eu vejo que meu parto foi tão rápido que dificilmente ela chegaria a tempo. Mas ela sempre me ajudou, me tranquilizando, dizendo que tudo daria certo, me dando dicas... foi muito importante a sua amizade para o parto da Luiza...
10º) À doula Thiana, a quem eu tive a oportunidade de conhecer e achei um encanto de pessoa, que mesmo não tendo participado diretamente do parto, luta pela humanização na cidade de Jundiaí, que é um movimento que eu acredito muito, e mantém um blog e grupos destinado a esse fim http://partonaturaljundiai.blogspot.com.br/ e http://www.yogaparagravida.com.br/.
11º) À Mara Lousada, que me deu a dica quanto ao Dr. Pedro Guilherme, e à auxiliar Cida, do Santa Elisa, que super recomendou o "Pedrinho".
12º) E também muitas outras pessoas que tiveram importância para o final feliz dessa história: meu pai Geraldo Affonso, minha avó Alayr, Dr. Verdiani, Estevão Gabriel, Taís e sua Giovana, Minoru Endo, enfim... meu muito obrigada!
Comentários
Parabéns pela força, por ter sido tão guerreira.
Que Deus abençoe você e sua família. Fico feliz de ter participado de alguma forma.
Beijos carinhosos,
Camila
Lindo seu relato!
Estou procurando avidamente um hospital que me respeite na minha opção de parto natural, sem a episiotomia. Será que o Santa Elisa faria a mesma coisa com plantonista? Você já viu algum relato assim? É permitido que os pais dêem o banho no bebê, ou o procedimento é o hospital dar?
Obrigada por compartilhar esse momento lindo, estou preocupada com meu parto sou mãe de primeira viagem.
Bjo
Deus te abençoe por tudo dr.
Confesso que embora eu tenha amado o meu parto, senti muita surpresa no Santa Elisa pelo parto que eu tive. A impressão que eu tive é que não são habituados a esse tipo de parto, o que me dá sim uma certa insegurança quanto a afirmar que eles apoiariam outros partos humanizados como consegui o meu... Até porque tenho algumas considerações não humanizadas lá também referente a minha experiência de parto e pós-parto. Então, embora a minha experiência tenha sido boa, pode ser que tenha sido meio que circunstancial... Mas é isso, mamães...
Laísa, certamente o seu parto já foi, depois venha nos contar como foi! Espero que natural, humanizado, normal, ou mesmo cesária, tenha sido ótimo. Porque não existe um tipo de parto certo, o tipo certo é aquele que é o melhor para a mamãe para o bebê... Fique com Deus!
Bjs
Hoje mudei de convênio para poder ser atendida por ele,e espero passar com ele sempre!
É tão importante se sentir segura nesse momento